16 de maio de 2023, 09:10
Resgates de corpos por afogamento já ultrapassam os do ano passado
Publicada em 20/04/2016
Desde o início do ano, a equipe de mergulho do Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (Gmar/CBMSE) realizou 29 resgates de corpos de vítimas de morte por afogamento em todo o estado. Esse número já ultrapassa a quantidade de resgates realizados em 2015 inteiro, em que foram resgatados 28 corpos. A maioria deles aconteceu em rios, barragens, açudes e viveiros de peixe, quase sempre em locais impróprios para banho, sem segurança nem sinalização.
Os últimos dois resgates acontecerem ontem (19) e hoje (20), ambos de vítimas do sexo masculino não identificadas. No início desta quarta-feira, os mergulhadores do Corpo de Bombeiros encontraram o corpo submerso no Rio Poxim, no Parque dos Faróis, em Nossa Senhora do Socorro/SE. As equipes foram acionadas no final da tarde de ontem, depois que moradores da proximidade viram a vítima entrar na água e não sair, mas por falta de visibilidade, os trabalhos de buscas só puderam ser iniciados nesta manhã, envolvendo toda a equipe de mergulho, por conta do alto risco da operação, já que o local é confinado, de difícil acesso e recoberto por vegetação.
Já o resgate da última terça-feira aconteceu por volta das 12h30, no Rio São Francisco, nas imediações do Povoado Cajuípe, município de Brejo Grande/SE. O corpo de um rapaz aparentando 25 anos foi visto boiando por um pescador. Os bombeiros foram acionados pela delegacia local.
De acordo com o comandante do Gmar, tenente coronel BM Hector Monteiro, esse aumento é alarmante. “Os números registrados em menos de quatro meses estão maiores que todo o ano passado. É importante fazer um alerta à população quanto aos riscos de afogamento e necessidade de garantir a segurança. Deve-se evitar nadar em grandes percursos, pois pode provocar fadiga, câimbra, mal estar ou até mesmo ataque epilético. Normalmente, as pessoas não conhecem o local de banho, encontram correnteza e não sabem em que direção nadar. Além disso, muitas pessoas não respeitam as placas de sinalização e cordões de isolamento colocados pelas prefeituras municipais, que limitam a área rasa da área funda”, explica.