9 de maio de 2023, 11:52
Adequações promovem inclusão de deficientes visuais no Projeto Golfinho
Publicado em 11/01/2010
É através das mãos que eles apreendem o mundo e bastam algumas adequações para que os deficientes visuais sejam verdadeiramente incluídos num meio que pode e deve se adequar às diferenças. Foi isso que fez o Projeto Golfinho, realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe (CBMSE), ao inserir em suas atividades crianças e adolescentes com deficiência visual.
“O pessoal do projeto está ajudando a acabar com o preconceito não só com os deficientes visuais, mas em geral”, comentou o adolescente Aécio da Silva Brito. Durante uma visita ao Oceanário de Aracaju, que faz parte da programação do projeto, foi reservado um espaço para que os deficientes visuais pudessem tocar os animais num tanque aberto.
A experiência revelou ao pequeno Weslei Gonçalves, de 10 anos, formas até então desconhecidas para os seus sentidos. “É a primeira vez que venho aqui e o que achei mais interessante foi a textura dos animais, do ouriço, da lesma, da lagosta”, contou encantado.
A mãe de Weslei, Regiane Ferreira, conta que o garoto chegou ao local um pouco triste, mas logo mudou ao poder interagir com os animais. “Ele achava que não poderia tocar neles. Ele é muito curioso e foi uma experiência muito divertida e educativa”, disse.
Segundo a professora da Escola Estadual Senador Leite Neto, Edinez Oliveira Lima, responsável pelas crianças e adolescentes, adaptações como essa são fundamentais para a inclusão. “Eles visualizam através do tato. Em todas as palestras do projeto eles puderam tocar o material e isso faz toda a diferença. Fazer essas adaptações não é difícil como as pessoas pensam, basta querer e começar’, diz.
Golfinho – O projeto visa prevenir os afogamentos entre crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos, além de torná-los multiplicadores de informações na sociedade. Para isso, informação e diversão fazem parte da programação que inclui oficinas na praia da Atalaia com diversos temas como prevenção durante o banho de mar, primeiros socorros, meio ambiente, entre outros.
Todas essas atividades são possíveis por conta do patrocínio da Petrobras e do GBarbosa, bem como o apoio do Instituto Mamíferos Aquáticos, da Universidade Tiradentes (Unit), da Viação Progresso, da Emsurb e do SESI.