19 de maio de 2023, 08:34
Alunos de soldado integram nova turma do curso de resgate veicular do CBMSE
Publicada em 03/02/2020

O Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE) iniciou, na manhã desta segunda-feira (03), a 15ª edição do Curso de Resgate Veicular (CRV), voltada aos alunos do Curso de Formação de Soldados (CFSd). As aulas desta primeira turma encerram-se na sexta (7), com instruções nos turnos da manhã, tarde e noite, em Aracaju/SE e São Cristóvão/SE, enquanto que a segunda turma acontece no período de 17 a 21 de fevereiro.
O objetivo do curso é proporcionar aos novos membros do Corpo de Bombeiros conhecimento para realização de resgate em acidentes automobilísticos, com técnicas de corte de estrutura veicular para remoção de vítimas presas nas ferragens. Os alunos aprendem, dentre outros assuntos, sobre o uso dos equipamentos de resgate, gerenciamento de riscos, extração de vítimas e táticas de resgate em veículos leves e pesados, com práticas de como estabilizar veículos, quebrar vidros, rebater teto, retirar portas e rolar painel.
Nas 14 turmas já formadas pelo CBMSE, foram capacitados 500 profissionais. De acordo com o capitão BM João Adauto Menêses, que ministrou a aula inaugural, o Corpo de Bombeiros de Sergipe é pioneiro no Norte/Nordeste na realização deste tipo de curso e hoje é referência nacional na área de resgate veicular.
“Iniciamos nossa especialização em resgate veicular em 2007. Era uma deficiência do país inteiro. A expertise adquirida ao longo dos anos fez com que outras corporações coirmãs procurassem o CBMSE na intenção de ter treinamento e instrução nesta área de desencarceramento e resgate de vítimas presas às ferragens. Os acidentes de trânsito estão dentre as principais causas de morte no Brasil. Então é uma realidade em todo o país. Temos altos índices de ocorrências envolvendo vítimas presas em ferragens. Capacitando melhor nossos profissionais, poderemos proporcionar um melhor serviço à sociedade”, explica.
Esta é a segunda vez que o curso de especialização em resgate veicular é inserido no planejamento de um curso de formação de soldados. Segundo o chefe do Departamento de Ensino, Pesquisa e Instrução do CBMSE, tenente coronel BM Douglas de Moraes, as instruções do CRV seriam realizadas no final do CFSd, mas foram antecipadas porque a corporação já conseguiu estrutura logística e sucata para efetuar os cortes na lataria dos carros e simular as ocorrências de desencarceramento.
“Temos um planejamento de curso que segue com aulas teóricas e práticas até o mês de maio. Depois a previsão é de que os alunos de soldado iniciem o estágio operacional. Nós antecipamos algumas especializações que estão previstas para o curso. Além de resgate veicular, teremos mergulho e combate a incêndio. Todos os alunos já estão preparados fisicamente e psicologicamente. Já possuem três meses de curso”, diz.
Moraes reforça que o modelo do Curso de Formação de Soldados foi mudado, para aprimorar o trabalho de capacitação. “Demos prioridades às disciplinas práticas e conseguimos melhor estrutura para realização dessas instruções, tanto estrutura logística da própria escola, que é um departamento com instalações novas, quanto a quantidade de recursos materiais para as instruções, que é superior aos cursos anteriores. Isso tem trazido qualidade maior. Com relação à avaliação e classificação dos alunos também. Damos prioridade ao exercício da atividade fim. As disciplinas operacionais tendem a ter um peso maior que no passado”.
O subcomandante do CBMSE, coronel BM Luiz Henrique Melo, confirma as informações do chefe do Departamento de Ensino e acredita que o método de ensino interativo do CRV valoriza a troca de informações, principalmente pelo forte currículo dos instrutores, que participaram de vários cursos na área, ministram cursos fora do estado e chegaram a lançar um Manual de Resgate Veicular em 2012. “Este é um novo início para o Corpo de Bombeiros. Os alunos de soldado dão um novo fôlego para a corporação. Não mediremos esforços para formá-los. Os instrutores possuem bagagem suficiente para passar todo conhecimento e técnica que eles precisarão nas ruas”.













Por Danielle Azevedo