16 de maio de 2023, 10:41
Bombeiros discutem melhorias na gestão de dados estatísticos
Publicado em 04/08/2017
O comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE), coronel BM José Erivaldo Mendes, reuniu-se, na última quinta-feira (03), no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), em Aracaju/SE, com representantes da Diretoria Operacional da corporação, da Assessoria de Planejamento e do próprio Ciosp, com o objetivo de discutir melhorias na gestão de dados estatísticos relacionados às ocorrências e qualificar os indicadores de desempenho institucional. Na oportunidade, foi apresentado o sistema CADG, implantado há quatro meses, em substituição ao E-193.
A preocupação do coronel Mendes é contabilizar indicadores de tempo de resposta das equipes em atendimento, para aprimorar o serviço prestado à sociedade sergipana. Durante a reunião, foi destacada a importância do CADG no que diz respeito ao tratamento dos dados do Corpo de Bombeiros, a exemplo de georreferenciamento de áreas por tipo de ocorrências, mensuração de tempo resposta, mapeamento de hidrantes e outros mecanismos de auxílio para resposta operacional.
O sistema CADG tem uma interface simples, que facilita a identificação e visualização das ocorrências no mapa. “Ele possui um módulo de acompanhamento de indicadores em tempo real (Dashboard) que pode ser parametrizado de acordo com indicadores predefinidos, que exibem dados como: ocorrências que estão aguardando atendimento, quantidade de veículos disponíveis para atendimento, quantidade de ocorrências por área operacional, tempo médio de atendimento, entre outros”, explica a gerente de projetos Hellen Gomes, responsável por mostrar a funcionalidade da ferramenta.
Segundo a gerente, pode-se mapear, por meio do CADG, desde a entrada da ocorrência, no momento da comunicação entre o atendente e o solicitante, até a chegada da informação para o despachante do Corpo de Bombeiros e para a viatura. “Temos como mensurar todos os tempos de atendimento e classificar esses atendimentos. Outra preocupação do comando é com o fato de que, no encerramento das ocorrências, nem sempre constava o real desfecho do atendimento. Estamos na fase de parametrização. O sistema será customizado conforme diretrizes apontadas pela corporação”, diz.
Uma das medidas a serem tomadas no CBMSE é a implantação de um Gabinete de Gestão Operacional, criando procedimentos para o correto preenchimento das informações no atendimento 193 e produzindo informações a partir do que for identificado no Ciosp. Para o tenente coronel BM Gilfran Marceliocopete Mateus, que participou da reunião, a exatidão de dados é necessária porque, além de reduzir o tempo resposta da ação dos bombeiros, pode aperfeiçoar a parte operacional e promover ações preventivas.
“É dali do Ciosp que saem todas as nossas ações operacionais. É lá onde recebemos os chamados e despachamos as viaturas. Por isso o Ciosp é um local estratégico para que possamos desenvolver ações voltadas à melhoria do serviço operacional. Identificamos dados estatísticos que não condizem com a realidade. Tínhamos, por exemplo, a informação de que 70% das ocorrências do CBMSE eram reprimidas, mas como isso poderia acontecer se os chamados eram atendidos? Essa situação se deve à forma de como os dados são tratados. Na verdade, a demanda não é reprimida. Ela pode estar sendo atendida por outro órgão. Se um acidente automobilístico entra (no sistema) para o Corpo de Bombeiros e é redirecionado para o SAMU, ele acaba sendo registrado como uma demanda não atendida pelos bombeiros. O ideal seria que essas ocorrências fossem registradas como ocorrências atendidas por outra instituição, viabilizando um diagnóstico correto das estatísticas do CBMSE”, ressalta o tenente coronel Mateus.