16 de maio de 2023, 11:16
CBMSE realiza Projeto ‘Meu Padrinho Bombeiro’
Publicado em 07/10/2017
O Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE) realizou, na manhã deste sábado (07), no quartel central, em Aracaju/SE, as atividades do Projeto ‘Meu Padrinho Bombeiro’. Promovida em parceria com a Secretaria Municipal da Família e Assistência Social de Aracaju (Semfas), a iniciativa teve o objetivo de desenvolver um trabalho de responsabilidade social com crianças acolhidas por quatro Casas Lares e pelos Abrigos Caçula Barreto e Sorriso, na capital sergipana. Cerca de 50 meninos e meninas das casas de acolhimento, com idade entre 1 e 12 anos, e aproximadamente 100 crianças, filhos, parentes e amigos de bombeiros, conheceram viaturas e equipamentos usados pelos bombeiros no combate a incêndio e salvamento, em uma manhã de lazer, com atividades recreativas, oficinas de pintura e rapel, brincadeiras, animação com palhaços, além da participação do Grupamento Tático Aéreo (GTA), que sobrevoou o local e sorteou um passeio de helicóptero entre as crianças.
Dentre as ações do projeto esteve a entrega de presentes. Os bombeiros tinham recebido antecipadamente cartinhas dessas crianças em situação de acolhimento institucional, informando o que gostariam de ganhar neste dia. Cada carta foi adotada por um militar diferente, prontificando-se a presentear e participar das atividades. Na oportunidade, foi montado um estande com material explicativo sobre adoção e apadrinhamento. De acordo com o sargento BM Gildomar França, um dos idealizadores do projeto, o evento trouxe, além da diversão, a reflexão sobre as dificuldades e perspectivas da adoção.
“A ideia surgiu da vontade de ajudar crianças carentes. A minha surpresa foi saber que 90% da corporação tinha essa mesma vontade, o que resultou num casamento perfeito. Eu sabia que o Corpo de Bombeiros sempre foi uma instituição solícita para executar suas missões, mas, sem sombra de dúvidas, foi um despertar humano ver a corporação engajada em um projeto como este. Além disso, é importante ressaltar a importância da integração entre as crianças dos abrigos com os nossos filhos. Foi uma coisa maravilhosa de se observar”, explica Gildomar.
A interação das crianças em acolhimento com os filhos dos bombeiros também foi destacada pelo tenente BM Marcos Lima, que ajudou a encabeçar o projeto. “O interessante nesse evento é a questão da inclusão, pois trouxemos nossos filhos para interagir com as crianças. Todos vestiram a mesma camisa, visando reforçar essa ideia. Hoje, para a corporação, realizar esse tipo de evento é um momento especial na vida de cada uma dessas crianças. O objetivo é levar um pouco de alegria e carinho a esses meninos que vivem em condições de carência”, diz o tenente.
As atividades contaram com a presença do subcomandante do CBMSE, o coronel BM Gilfran Mateus; da vice-prefeita e secretária da Família e Assistência Social de Aracaju, Eliane Aquino, e da coordenadora da Infância e da Juventude e da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, juíza Iracy Mangueira. “O fato de poder proporcionar um sorriso às crianças nesse dia especial já é de suma importância para a corporação, que vive transformando pessoas que estão momentos de sofrimento em pessoas alegres e sorridentes. A proposta desse dia é proporcionar um dia feliz para as crianças das casas lares de Aracaju e deixar em seu imaginário o que é ser bombeiro”, ressalta o coronel Mateus.
O apadrinhamento de crianças pode ser dividido em três categorias: provedor, colaborador e afetivo. É o que explica o psicólogo da Coordenação da Infância e da Juventude, Sérgio Lessa Alves. “O apadrinhamento provedor permite que as pessoas direcionem quantias, doem materiais e equipamentos para as unidades de acolhimento. Elas também podem custear cursos profissionalizantes, atividades artísticas e esportivas. Já o apadrinhamento colaborador permite que o cidadão preste serviços nas unidades de acolhimento. Podem ser médicos, odontólogos ou quaisquer pessoas que disponham parte do seu tempo para prestar algum tipo de serviço nos lares. Podem ser também pessoas que colaborem com a limpeza, com as atividades lúdicas que as crianças precisam. No apadrinhamento afetivo, é possível que a pessoa recolha a criança para passar finais de semana em sua companhia”.
Sérgio frisa ainda que o apadrinhamento difere da adoção, pois neste caso o indivíduo será pai e mãe da criança, ou seja, será responsável integralmente pelas necessidades da criança, além de exigir um outro tipo de cadastramento, realizado na 16ª Vara Cível da Infância e da Juventude.
A vice-prefeita de Aracaju, Eliane Aquino, que participou do evento, elogiou a iniciativa da corporação. “Em primeiro lugar, é preciso dizer que eu sou fã número um e tenho muito orgulho do Corpo de Bombeiros de Sergipe. Estar hoje aqui comemorando com as nossas crianças nesta instituição, que eu sinto como se fosse a minha, é motivo de muita alegria. Eu só tenho a agradecer a todos que pensaram neste dia. Hoje, cada uma dessas crianças sai daqui com o coração três vezes maior de felicidade. É justamente isso que nós queremos, levar um pouco mais de alegria a essas crianças”, finaliza.