12 de maio de 2023, 09:07

Crianças com deficiência auditiva visitam o Corpo de Bombeiros


Publicado em 10/10/2014

 

O quartel central do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE), em Aracaju/SE, recebeu nesta sexta-feira (10), a visita de 29 crianças com deficiência auditiva atendidas pelo Instituto Pedagógico de Apoio à Educação do Surdo em Sergipe (Ipaese). Com o objetivo de conhecer de perto a rotina dos bombeiros, os alunos do Ipaese contaram com a ajuda de sete professoras habilitadas na tradução e interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

O entusiasmo marcou a visita da criançada, que mantinha os olhos atentos e não parava de gesticular a cada explicação dos bombeiros sobre as viaturas e as ferramentas utilizadas nas ações de combate a incêndio, resgate e salvamento. De acordo com a coordenadora pedagógica do Instituto, Margarélya Raimundo, a experiência é enriquecedora e faz parte das comemorações do Ipaese em homenagem ao Dia da Criança, comemorado no domingo, dia 12. “Eles estão super empolgados porque muitos têm o sonho de ser bombeiro quando crescer”, afirma.

Segundo o sargento BM Neyme Santos Mateus, presidente da Associação Sergipana de Bombeiros Militares (Asbom/SE), parceira do Ipaese em ações socioculturais e educativas, este dia ficará marcado na vida dos alunos. “Eles amam o trabalho dos bombeiros e até dizem que queriam ser bombeiros quando crescessem, mas que não podem por conta da deficiência auditiva. Eu digo que não devem abandonar seus sonhos, pois se um dia a gente conseguir mudar a legislação!? Eles crescem achando que não pertencem à sociedade e tentamos reverter isso e estimular ações de inclusão”, ressalta Neyme.

O Ipaese é considerado o primeiro instituto de ensino regular especializado para crianças e jovens portadores de deficiência auditiva em Sergipe. A escola, fundada em dezembro de 2000, possui 135 alunos matriculados nas modalidades de Educação Infantil, Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano e Curso Técnico em Informática integrado ao Ensino Médio. A metodologia de ensino é bilíngue e contextualizada, possibilitando que o aluno surdo aprenda a Libras e a língua portuguesa, por meio da escrita.

Fonte: ASCOM/CBMSE